As baterias utilizadas em sistemas de energia solar ficaram significativamente mais acessíveis no último ano, segundo levantamento divulgado pela Solfácil nesta semana. Entre maio de 2024 e maio de 2025, o preço das baterias monofásicas, voltadas principalmente para uso residencial, caiu 25%. Já as baterias trifásicas, mais comuns em sistemas comerciais e industriais, tiveram uma redução de 20% no mesmo período.
A principal razão para a queda foi a redução no custo do lítio, matéria-prima essencial na fabricação das baterias, além de ganhos de escala e eficiência na produção, impulsionados pelo aumento da demanda por sistemas de armazenamento no setor fotovoltaico.
Com os preços mais acessíveis, a expectativa do setor é de que o uso de baterias cresça significativamente nos próximos anos, especialmente em regiões com fornecimento de energia instável. As baterias também se tornam cada vez mais relevantes em aplicações críticas, como em sistemas de refrigeração, hospitais, telecomunicações e centros de dados.
Além disso, mudanças recentes na regulamentação da geração distribuída, somadas às dificuldades de homologação de novas usinas junto às concessionárias e às limitações no uso de créditos de energia, estão fazendo com que o armazenamento ganhe protagonismo como alternativa para consumidores que buscam maior autonomia energética.
“O mercado está amadurecendo, tanto do ponto de vista tecnológico quanto na percepção de valor. Com a queda nos preços, o armazenamento deve deixar de ser um nicho e passar a fazer parte da maioria dos projetos solares no Brasil”, destaca Reis, executivo citado no estudo.
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